Parto domiciliar: assistência completa

Desde o século 19, quando foi inaugurada a primeira faculdade de Medicina do Brasil (Faculdade de Medicina da Bahia – FAMEB), o parto domiciliar deixou de ser tradição em nosso país. A partir daquele período, o parto hospitalar começava a ganhar espaço. 

O parto domiciliar (PD), como o próprio nome diz, ocorre em casa com assistência de profissionais preparados para tal e com materiais e equipamentos apropriados Ao contrário do que muitos pensam, a mulher não vai parir sozinha – ela estará muito bem assistida. 

Parto domiciliar x parto hospitalar

Este assunto é bem polêmico e divide opiniões – claro, todas devem ser respeitadas e cada gestante tem o direito de fazer uma escolha informada sobre os tipos de parto – de maneira que esse momento possa ser o mais seguro, confortável e feliz para todos os envolvidos. Mas, analisando pesquisas e estudos, pode-se concluir que não há mais riscos em casa nem menos no hospital, especialmente de acordo com uma recente pesquisa da Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália. Os índices de óbito fetal ou neonatal precoce são praticamente os mesmos, considerando-se os dois ambientes.

Para um parto domiciliar acontecer, é preciso de alguns critérios preconizados pelo Ministério da Saúde sejam respeitados: 

  1. Estar sob acompanhamento pré-natal com profissional enfermeiro ou médico da rede pública ou privada de saúde até a data do parto; 
  2. Manter gestação de baixo risco até o final da gestação e durante o trabalho de parto;
  3. Estar entre 37 e 42 semanas de gestação, de acordo com o desejo da mulher, e cuidados de vigilância do bem-estar materno fetal; 
  4. Gestação de feto único em apresentação cefálica; 
  5. A gestante deve estar saudável e não apresentar problemas de saúde crônicos ou específicos da gravidez durante toda a gestação e durante o momento do parto; 
  6. Localização da residência que permita acesso fácil ao hospital ou maternidade (no máximo 30 minutos de distância).Parto domiciliar 2

Dentre as vantagens do parto domiciliar, temos:

  • Ambiente: não há nada melhor do que estar no aconchego de nossa casa, não é mesmo? Por mais que os hospitais sejam altamente capacitados, ainda têm cara e cheiro de hospital, e não são o nosso lar;
  • O primeiro contato: no parto domiciliar, o primeiro contato entre mãe e recém-nascido é mais longo, não há pressa;
  • Tempo: na sua casa, quem dita o tempo, durante todo o processo, é você;
  • Garante que a futura mãe tenha privacidade, conforto e segurança no parto – e que não passe, sem necessidade, por procedimentos invasivos, dolorosos e potencialmente arriscados;
  •  Não deixa traumas físicos ou emocionais. Sem dores desnecessárias e com um modelo de assistência que respeita o processo fisiológico, o ritmo do corpo feminino; além dos aspectos psicológicos e sociais do nascimento. 

Se você deseja um parto domiciliar, é preciso construir este parto no decorrer da gestação. O primeiro passo é, o quanto antes, encontrar uma equipe que trabalhe de forma respeitosa e segura.

Parto domiciliar e o novo coronavírus

Com o avanço da Covid-19, cresceu a procura por partos domiciliares. Com razão, gestantes e famílias querem evitar a exposição ao vírus. 

Atuo como enfermeira obstetra na Clínica Plenitude e sou parteira da Equipe Amana, especializada em parto domiciliares em Sorriso, Sinop e Lucas do Rio Verde. 

Quer conhecer mais o meu trabalho? Entre em contato com a Clínica Plenitude 

pelos telefones: (66) 3544-3673 e (66) 99912-3673.

Kelli-Gil-Zamignan
Kelli Gil Zamignan,
Enfermeira Obstetra
COREN/MT – 360550 / RTE – 035926